PIB brasileiro cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao trimestre anterior
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao quarto trimestre de 2024, considerando a série com ajuste sazonal, segundo dados divulgados pelo IBGE. Pela ótica da produção, a Agropecuária destacou-se com alta de 12,2%. O setor de Serviços também apresentou crescimento, com aumento de 0,3%, enquanto a Indústria recuou 0,1%, não apresentando variação significativa.
No segmento industrial, houve recuo nas Indústrias de Transformação (-1,0%) e na Construção (-0,8%). Em contrapartida, o setor de Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos avançou 1,5%, assim como as Indústrias Extrativas, que cresceram 2,1%. Entre os serviços, destacaram-se os crescimentos em Informação e comunicação (3,0%), Outras atividades de serviços (0,8%), Atividades imobiliárias (0,8%), istração, defesa, saúde, educação públicas e seguridade social (0,6%) e Comércio (0,3%). Houve estabilidade em Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,1%) e queda no setor de Transporte, armazenagem e correio (-0,6%).
Na ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 3,1%, enquanto a Despesa de Consumo das Famílias aumentou 1,0% e a Despesa de Consumo do Governo permaneceu praticamente estável, com alta de 0,1%. No setor externo, as exportações de bens e serviços aumentaram 2,9%, e as importações cresceram 5,9% na comparação com o quarto trimestre de 2024.
Comparação com o primeiro trimestre de 2024
Quando comparado ao mesmo período de 2024, o PIB brasileiro avançou 2,9% no primeiro trimestre de 2025. O Valor Adicionado a preços básicos e os Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios cresceram 2,9%. A Agropecuária destacou-se com crescimento de 10,2%, influenciada pelo desempenho positivo dos produtos da lavoura colhida no trimestre, como soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%), conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado em maio pelo IBGE.
O setor industrial cresceu 2,4%, com a Construção crescendo 3,4%, registrando sexta alta consecutiva apoiada pelo aumento da ocupação e produção de insumos típicos. A Indústria de Transformação subiu 2,8%, impulsionada por segmentos como máquinas e equipamentos, metalurgia e produtos químicos e farmacêuticos. O setor de Eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos avançou 1,6%, puxado pelo consumo residencial, ao o que as Indústrias Extrativas mantiveram estabilidade, com pequeno crescimento na extração de petróleo e gás compensado pela queda na extração de minério de ferro.
O setor de Serviços cresceu 2,1%, com todas as suas atividades em alta: Informação e comunicação (6,9%), Atividades imobiliárias (2,8%), Outras atividades de serviços (2,5%), Comércio (2,1%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,1%), Transporte, armazenagem e correio (1,1%) e istração pública, defesa, saúde, educação e seguridade social (0,5%).
Na ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias subiu 2,6%, influenciada por aumento da massa salarial real e do crédito disponível, apesar das taxas de juros mais elevadas. O Consumo do Governo apresentou crescimento de 1,1%. A Formação Bruta de Capital Fixo registrou alta de 9,1%, quinta variação positiva consecutiva, impulsionada pela construção civil, produção e importações de bens de capital, incluindo plataformas de petróleo e desenvolvimento de softwares.
As Exportações de Bens e Serviços cresceram 1,2%, com maior participação dos segmentos de veículos automotores, agropecuária, papel e celulose e derivados de petróleo. Já as importações aumentaram 14,0%, puxadas principalmente por outros equipamentos de transporte, máquinas e aparelhos elétricos, produtos químicos e máquinas e equipamentos.
Acumulado de quatro trimestres até março de 2025
O PIB acumulado nos quatro trimestres encerrados em março de 2025 cresceu 3,5% em comparação com os quatro trimestres anteriores. O Valor Adicionado a preços básicos avançou 3,2%, enquanto os Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios aumentaram 5,2%. Agrupando por setor, a Agropecuária cresceu 1,8%, a Indústria 3,1% e os Serviços 3,3%.
No setor industrial, tiveram crescimento Construção (4,6%), Indústria de Transformação (4,0%) e Eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos (2,4%). Já as Indústrias Extrativas recuaram 0,8%. Todas as atividades dos Serviços apresentaram crescimento, com destaque para Informação e comunicação (6,6%), Outras atividades de serviços (4,6%), Comércio (3,6%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,4%), Atividades imobiliárias (3,1%), Transporte, armazenagem e correio (2,1%) e istração pública, defesa, saúde, educação e seguridade social (1,3%).
As despesas de consumo das famílias, do governo e a Formação Bruta de Capital Fixo cresceram 4,2%, 1,2% e 8,8%, respectivamente. As Exportações de Bens e Serviços subiram 1,8% enquanto as Importações aumentaram 15,6%.
Dados financeiros
No primeiro trimestre de 2025, o PIB atingiu R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. A taxa de investimento, calculada pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) em relação ao PIB, foi de 17,8%, superior aos 16,7% observados no primeiro trimestre de 2024. A taxa de poupança do país alcançou 16,3% do PIB, com aumento em relação aos 15,5% registrados no mesmo trimestre do ano anterior.
Fonte dos dados: IBGE – Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.
PIB cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025