Botafogo enfrenta cobrança da FIFA sobre transferência de Thiago Almada
O Botafogo pode ter dificuldades financeiras em razão da determinação da FIFA sobre o pagamento imediato da transferência do jogador Thiago Almada, que se encontra em meio a uma negociação com o Atlanta United, da Major League Soccer (MLS). A quantia de 21 milhões de dólares, equivalente a R$ 116,5 milhões, deverá ser quitada de forma urgente, segundo a entidade máxima do futebol.
De acordo com informações publicadas pelo UOL, o Botafogo havia planejado o pagamento da transferência em parcelas trimestrais, com a primeira prevista para julho de 2024 e a última programada para setembro de 2026. As duas primeiras parcelas seriam de 3 milhões de dólares (R$ 16,6 milhões) cada, enquanto as demais estariam fixadas em 2 milhões de dólares (R$ 11 milhões).
Até o momento, o clube não efetuou nenhum pagamento, justificando que uma cláusula contratual relacionada a 10% dos direitos econômicos do jogador, que pertencem a Almada, deveria ser descontada da primeira parcela. Este valor, estimado em 2,3 milhões de dólares (R$ 12,8 milhões), não foi aceito pelo Atlanta United.
A situação se agravou em novembro de 2024, quando o Botafogo já acumulava duas parcelas em atraso, somando um total de 6 milhões de dólares (R$ 33,4 milhões) em dívidas. O Atlanta United, então, solicitou o pagamento integral do valor da transferência. Em fevereiro de 2025, a FIFA determinou que o Botafogo deveria quitar os 21 milhões de dólares, além de juros e uma multa de 150 mil dólares (R$ 835 mil), no prazo de 45 dias.
Em resposta, o Botafogo contratou o advogado catalão Joan Milà para sua defesa. Os argumentos apresentados sustentavam que o Atlanta United não possuía legitimidade no processo, visto que os pagamentos deveriam ser feitos à MLS e não diretamente ao clube. Além disso, o Botafogo contestou a cobrança do valor total, defendendo que somente os 6 milhões de dólares em atraso deveriam ser considerados.
O juiz da Câmara da FIFA, no entanto, não acatou os argumentos da defesa e manteve a exigência de pagamento integral. O Botafogo deve recorrer da decisão para tentar atrasar a execução da cobrança.
Foto: Vítor Silva/Botafogo